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CAPÍTULO 09



POV Camila

Sai com os meus pensamentos a mil.

Como o Nathan teve a coragem de me tratar daquele jeito?

Nem mesmo quis olhar para trás quando saí daquele apartamento.

Precisava espairecer e por isso decidi ir caminhando até um parque que tinha visto hoje mais cedo, quando ainda estava no carro, indo à residência dos garotos.




Por sorte tal parque, o Hampstead Heath, ficava próximo a um ponto de táxi, sendo assim ficaria um tempo por lá, até dar a hora de voltar para casa.

Ao chegar me peguei presa a algumas observações do lugar, como existia a diferença em tal cidade, com as ruas limpas, pessoas educadas e felizes.

Era final de tarde e havia muita gente ali, principalmente crianças, que brincavam com seus cachorros, coleguinhas e, ao longe, seus pais tomavam conta, sempre com bastante atenção para que não acontecesse nada.

Gostaria de ter tido uma vida assim...

Porém o que tive foi literalmente uma desgraça.

Por fim, lembrei tudo o que aconteceu entre mim e Jay na noite passada e na tarde com o Nathan.

E mais uma vez retornei a questão inicial: por que o garoto havia me tratado daquele jeito?

Não bastando isso, ainda fiquei remoendo por Jay não ter me ligado após ter sumido daquele jeito estranhíssimo ontem.

E assim cheguei a conclusão que nenhum desses dois garotos poderiam me ajudar, pois para eles são apenas uma dançarina qualquer de bordel.

Com bastante raiva decidi esquecer essa história de que integrantes riquinhos de uma bobyband poderiam me ajudar, ajudar uma jovem puta brasileira.

Já estava quase indo embora, quando de repente:

– Ai!

Algo havia batido em mim.

– Oh, desculpe moça! Está tudo bem?

E ainda com o rosto baixo, respondi:

– Você que está tudo bem? Acabei de levar uma bolada na cabeça! Você quer que eu esteja bem? – sim, fui totalmente grossa.

Só depois disso levantei meu rosto, dando de cara com um garoto lindo, de cabelos pretos, olhos verdes, pele branca. Era alto e o corpo definido.

Suas mãos eram macias... Sabia disso, pois ele me segurava com medo que eu caísse por causa da batida.

Nem mesmo com toda a simpatia o rapaz conseguiu tirar a raivinha que sentia:

– Idiota, me deixa ir, ok? Já estava de saída mesmo!

– Não, sério, desculpa! Posso te ajudar? Moro no prédio ao lado... Vamos lá beber uma água, você parece um pouco mal.

– Não estou interessada. Me solta, imbecil. Não preciso de nada, só foi uma bolada na cabeça, não estou parindo um filho, seu demente.

– Ok, só queria te ajudar. Me desculpe mais uma vez, mas você estava passando por aqui bem na hora que havia chutado a bola e...

– Agora a culpa é minha? Ah, por favor!

Saí cambaleando até a saída do parque, meio tonta. Era verdade que não estava muito bem , acho que havia juntado a bolada com a fome que sentia, pois aí de casa sem comer nada.

Ainda na rua, ainda meio confusa e passando mal, me apoiei em um poste, tentando melhorar, quando ouvi a voz doce, de uma senhora, dizendo:

– Você está bem, querida?

– Não, mas espero melhorar...

– Posso te ajudar? Quer que eu ligue para um pronto socorro? Algo assim?

– Não, obrigada! Preciso apenas de um copo de água, aliás... A senhora sabe dizer onde tem uma mercearia ou uma padaria?

– Tem uma virando a rua, logo ali. Tem certeza que não precisa de ajuda? Posso ligar para alguém vir te buscar, algo do gênero. – disse a senhora de cabelos grisalhos e olhos claros, extremamente simpática.

– Não, não precisa. Só estou faminta e acabei de levar uma bolada na cabeça... Vou ficar bem, não se preocupe.

– Ok, mesmo assim vou levá-la até a padaria aqui perto.

– Não precisa, senhora... – dei uma pausa, esperando saber seu nome.

– Elisabeth Turk, mas pode me chamar de Elisabeth. E o seu mocinha? Como se chama?

– Camila, Camila Farias. Prazer em conhecê-la, Elisabeth. Vou aceitar a sua companhia até a padaria, vamos?

– Claro! Até porque, sou uma senhora muito desocupada mesmo. – ela riu engraçadamente.

Fomos até a padaria, onde tomamos um chá e comemos alguns pães. Conversamos sobre tudo, e Elisabeth me contou sobre sua vida:

Era uma senhora viúva, de 58 anos, que vivia em Londres com seus dois netos, (Phillip) e (Susan), filhos de seu filho, onde ele e a esposa morreram em um acidente de carro.

Eram bem novos quando isso aconteceu, em torno de seis anos.

Papo vai, papo vem, surgiu a seguinte pergunta:

– E você, Camila? O que faz da vida? Pelo seu sotaque não é daqui da Inglaterra. Estou enganada?

Confesso que não gostaria de falar sobre aquilo, naquele momento, principalmente com a conversa tão agradável que estávamos tendo.

Mesmo assim disse:

– Sou brasileira, cheguei a um mês e...

Elisabeth percebeu que não queria discutir sobre o assunto:

– Querida, não precisa me dizer nada agora, certo? Com o tempo confiamos nas pessoas e assim podemos conversar melhor. – ela sorriu docemente – É que sou tão apressada, falo tudo sobre minha vida, mas... Não preciso saber da sua, até que esteja a vontade para me contar.

– Obrigada. A senhora é realmente muito gentil e agradeço muito pela ajuda me deu, mas agora está na minha hora. – comentei, retirando a bolsa do encosto da cadeira.

– Ok, meu bem. Pegue meu telefone e quando precisar é só ligar. Moro ali, bem em frente ao parque. Quando quiser vir me visitar, é só ir aqui... – então me passou um papel com o número e local onde morava – Sinto-me sozinha às vezes, então é bom ter com que conversar... E meus netos estão viajando, logo adoraria uma companhia. Por que não passa por lá amanhã?

– Ah, por mim tudo bem! Amanhã apareço para tomar um café com a senhora, ligo avisando, certo?

– Certo. Agora vá com Deus, querida.

– Fique com Ele.

E assim saí da padaria, deixando a senhora simpática lá dentro.

Peguei um taxi, indo para o bordel.

Ao chegar fui direto para o meu quarto e me deparo com Pamela, a minha espera.

Estava com medo sim ou claro?

Por prevenção, fui logo dizendo:

– Desculpa, Pamela, mas me distrai no parque e fiquei observando Londres, que é tão perfeita... Enfim, desculpa.

– Tudo bem, Camila. Só fiquei um pouco preocupada, já são 21h e não recebemos ligação, nem nenhuma informação sobre você. Não faça isso novamente, está me ouvindo?

– Estou. Mais uma vez desculpa. Agora vou tomar banho e me arrumar para receber os velhos idiotas.

– Faça isso.

Pamela já estava para sair do quarto, quando perguntei:

– Ei, o Jay me ligou ou veio aqui?

– Não, nenhum dos dois. – ela deu de ombros – Agora esqueça ele... McGuiness não é um “príncipe encantado”, nenhum homem é. Agora se arrume que o trabalho logo começa.

Então bateu a porta, deixando-me sozinha e pensativa.

# # #

No dia seguinte me levantei as 13:30, pois tinha passado a noite em claro, dançando e transando com alguns... Imbecis.

Aconteceu algo estranho com um dos quatro homens que pegaram para me ter aquela noite.

Ele aparentava uns 38 anos, bem apessoado, usava aliança no dedo.

Entrou em meu quarto e acabava de sair do banheiro, pois estava me preparando, colocando a camisinha, pois muitos homens odeiam fazer aquilo, porque acham desagradável...

Enfim, falei:

– Oi, boa noite.

– Boa. – logo ele veio andando em minha direção, com um olhar sedutor, tirou a camisa e me deitou na cama.

Porém ele parou no meio do caminho, justamente quando começava a sentir arrepios, e falou:

– Não posso fazer isso! – dizia em tom de arrependimento – Ela não merece isso, mal cheguei de viagem e já estou aqui, sendo que ela está em casa, a minha espera!

– Olha... Tudo bem. Se quiser, não fazemos nada, apenas conversamos durante o tempo que você pagou, ok? Vai ser até melhor. – tentei não rir na hora.

– Ok, mas sabe... Nunca trai minha mulher, então estava passando aqui e entrei para tomar umas bebidas, me deixei levar pelo álcool e estou aqui agora. – ele comentava, deitado na cama, olhando para o teto, enquanto estava em uma poltrona, ao lado da janela, observando a rua.

Sim, prestava atenção no que ele dizia:

– Sei o que a bebida é capaz de fazer... Não bebo, porém vivi por vários anos com um pai alcoólatra.

– Por isso virou stripper?

– Não, não estou aqui porque quero. Meu sonho era vir para Londres, fazer uma faculdade, mas o destino não permitiu e me trouxe a esse lugar. – virei meus olhos tristes para ele.

– Deve ser difícil. Me desculpe, mas vou indo, vê se chego em casa e... Pego minha mulher de jeito. – ele sorriu, ficando de pé.

– Leve isso para ela... – peguei uma rosa que estava sobre a cabeceira, fazendo cenário naquele quarto – Tenho certeza que sua esposa irá adorar.

– Obrigado, você é uma garota realmente especial. – ele me deu um beijo na testa e deixou um papel sobre o criado mudo – Meu cartão, se precisar de algo.

E assim ele se foi.

Tirando esse acaso, tudo foi normal, infelizmente.

Mas voltando para o agora...

Quando acabei de tomar banho e saí do banheiro, me deparei com Pamela, mais uma vez, sentada em minha cama, esperando-me:

– Como foi a noite?

– Foi boa, senhora Pamela. Tudo normal. Mas, o que faz em meu quarto?

– Oh, desculpe! Esqueci de pedir para entrar – ela sorriu sem jeito – Mas acho que vai gostar do que trouxe.

Em uma de suas mãos estava um envelope azul... O que seria?

Quem sabe algo sobre o Jay...

– O que é?

Pamela veio em minha direção, entregando-me o envelope:

– Faça bom proveito disso, porém... Tome cuidado.



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